Abril Verde – Pela Saúde e Segurança no Trabalho

Outubro rosa, novembro azul, setembro amarelo… já reparou que todos os meses do ano tem uma cor específica em prol de uma causa? Menos conhecido, mas igualmente importante é o Abril Verde: pela conscientização da saúde e segurança no trabalho.

Durante este tempo que você leu o parágrafo acima, 1 trabalhador se acidentou ou teve a saúde comprometida em decorrência de suas funções. A média é de 1 trabalhador por minuto no Brasil. Assustador, não é?

Então se você não quer se acidentar, ou não quer que seus colaboradores se acidentem, é melhor se engajar nesta causa e ler este artigo até o fim.

ABRIL VERDE

Saúde e segurança no trabalho não são um tema que interessa somente às CIPAs (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), é de interesse também dos órgãos de classe, gestores, trabalhadores e suas famílias, aliás, de toda a sociedade. Segurança no trabalho é um direito do trabalhador e cabe ao empregador zelar por isso.

Abril se tornou o mês de conscientização da saúde e segurança no trabalho devido a duas datas:

• 07 de abril: Dia Mundial da Saúde
• 28 de abril: Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho

O Dia Mundial da Saúde foi uma data instituída pela Organização Mundial da Saúde – OMS, com o objetivo de criar consciência sobre temas relacionados a saúde global. O tema de 2021 é “Construindo um mundo mais justo e saudável”.

O dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho foi instituída no Brasil em 2005. A data marca um acidente ocorrido em 1969, nos Estados Unidos, onde 78 trabalhadores morreram em uma mina.

A segurança no trabalho deve ser uma preocupação de todos os dias, mas, visto a natureza e acomodação humanas, é importante sempre relembrar e sensibilizar as pessoas para o tema. Este é o objetivo do Abril Verde, jogar um holofote sobre o tema, expondo os riscos e métodos de prevenção contra acidentes e doenças em decorrência da função laboral.

É de praxe que as empresas realizem no mês de abril ações de conscientização que envolvam os funcionários. Se a sua empresa ainda não planejou nada, vamos te dar uma força: um cartaz para você baixar com tudo que os operadores precisam saber sobre “Lubrificação Industrial com Segurança”.

PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES E DOENÇAS

Para entender sobre o tema, precisamos primeiro esclarecer sob o ponto de vista da lei, o que significa “acidente de trabalho”:

“Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos (…), provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”

Os acidentes de trabalho mais comuns são: quedas, prensamento de dedos, golpes provocados por ferramentas, choque contra objetos, cortes, fraturas e pequenas lesões por transitar entre equipamentos.

Além dos acidentes de trabalho, a lei considera também as doenças profissionais e/ou ocupacionais:

• Doença profissional: produzida ou desencadeada pelo exercício peculiar a determinada atividade.
• Doença do trabalho: adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado.

As principais doenças ocupacionais são: LER (Lesão por Esforço Repetitivo), Asma, Dermatose, Surdez temporária ou definitiva, Antracose Pulmonar e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

RISCOS DA LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL

Existe mais um tipo de doença laboral:

• A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade.

O óleo lubrificante, assim como outros produtos químicos, está sujeito a cuidados e precauções específicas, tanto para a saúde do operador, como para evitar riscos ambientais. Veja o que é importante saber:

INFLAMABILIDADE

A característica que determina o grau de risco de inflamabilidade do óleo lubrificante é o “ponto de fulgor”. Para ser classificado como líquido inflamável ele precisa ter ponto de fulgor menor ou igual a 93ºC.

Embora o óleo lubrificante não seja facilmente inflamável, ele queima, portanto, deve-se tomar todos os cuidados necessários para seu armazenamento e manipulação, incluindo neutralização de cargas eletrostáticas e outras fontes de incêndio.

Em caso de incêndio, use água pulverizada, espuma resistente ao álcool, produto químico seco ou dióxido de carbono. Água em forma de neblina para resfriamento de embalagens e evitar a projeção dos recipientes.

Se envolvido em fogo, o óleo lubrificante pode gerar vapores e gases, frutos de sua decomposição. Cuidado com a acumulação de vapores que podem formar concentrações explosivas. Em casos como este, é necessário o uso de equipamento de respiração individual. A exposição aos produtos de decomposição pode ser perigosa para a saúde.

ARMAZENAGEM

Armazenar em local fresco e bem ventilado, observando a temperatura recomendada de armazenagem de cada produto.

Evitar a luz solar direta.

Conservar unicamente na embalagem original e corretamente etiquetados.

MANUSEIO

Evitar o contato direto com o óleo lubrificante, o que inclui:

• Assegurar-se de que a área tem ventilação suficiente;
• Uso de vestimentas de proteção: luvas de PVC ou nitrílicas, óculos ampla visão com proteção lateral, capacete, avental de PVC e botas de borracha;
• Evitar o uso de lentes de contato quando manusear o produto;
• Evite formação de névoas;
• Inspecione os recipientes quanto a danos ou vazamentos antes de manuseá-los.

É necessária ainda as seguintes medidas de higiene:

• Não coma, beba ou fume durante o manuseio do produto;
• Lave bem as mãos antes de comer, beber, fumar e/ou ir ao banheiro;
• Roupas contaminadas devem ser trocadas e lavadas antes de sua reutilização.

PRIMEIROS SOCORROS

No caso de contato acidental com o óleo lubrificante, podem ocorrer as seguintes reações:

• Contato com a pele: pode haver ligeira irritação no local de contato. LAVE IMEDIATAMENTE COM SABÃO E ÁGUA.
• Contato com os olhos: pode provocar irritação e congestão. Os olhos podem lacrimejar abundantemente. LAVAR OS OLHOS EM ÁGUA CORRENTE DURANTE 15 MINUTOS.
• Ingestão: pode haver sensação dolorosa e vermelhidão da boca e da garganta. LAVAR A BOCA COM ÁGUA.

PRECAUÇÕES AO MEIO AMBIENTE

Evite que o produto atinja solos, cursos d’água e água subterrânea. Não descarte diretamente no meio ambiente ou na rede de esgoto.

A água de diluição proveniente do combate ao fogo pode ser corrosiva ou tóxica e causar poluição. Se o produto contaminar rios e lagos ou os esgotos informar as autoridades respectivas.

A limpeza e contenção deve ser feita da seguinte maneira:

• Controlar e recuperar o líquido derramado com um produto absorvente não combustível, como: areia, terra, terra diatomácea e vermiculita;
• Colocar o líquido dentro de contêineres para eliminação de acordo com os regulamentos;
• Varrer ou aspirar tudo rapidamente;
• Manter em recipientes fechados adequados, para eliminação;
• Não reutilizar embalagens vazias pois podem conter restos do produto.

Essas informações que acabamos de passar devem ser protocolos de segurança adotados no dia a dia de todas as fábricas. Mas quem atua em CIPAs ou na gestão sabe da dificuldade de transmitir a informação, de forma que ela seja bem compreendida e aceita.

Para te ajudar nesta missão, a Lubvap criou um cartaz de “Lubrificação Industrial com Segurança”, onde as informações são expostas de forma clara e bem objetivas. Para baixar o cartaz, clique aqui.

Baixe o cartaz, imprima e cole no quadro de avisos da fábrica, ou envie aos trabalhadores. É importante disseminar a informação o máximo possível.

Nenhum trabalho é tão urgente ou importante que não possa ser planejado e executado com segurança. Até as tarefas mais simples exigem segurança, afinal, o perigo pode vir de coisas bobas.

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